O técnico Tite já anunciou que, aconteça o que acontecer, ele deixará a seleção brasileira após a Copa do Mundo do Catar. O primeiro nome especulado – e já desmentido – foi o de Pep Guardiola. A reação inicial dos torcedores foi a melhor possível, já que o espanhol é considerado um dos melhores treinadores do mundo, mas será que isso daria certo? Se levarmos em consideração apenas o histórico de estrangeiros em seleções, não.
Das equipes campeãs mundiais nas 21 edições de Copa já disputadas, nunca um técnico não-nascido no país ergueu a taça. No Brasil, maior campeão, com cinco conquistas, Vicente Feola, em 1958, Aymoré Moreira, em 1962, Zagallo, em 1970, Carlos Alberto Parreira, em 1994 e Luiz Felipe Scolari, em 2002, foram os responsáveis pelas conquistas. Todos eles são brasileiros.
Em Alemanha e Itália, tetracampeãs mundiais, a história se repete. Os alemães Sepp Herberger, em 1954, Helmut Schoen, em 1974, Franz Beckenbauer, em 1990, e Joachim Low, em 2014, foram campeões, assim como os italianos Enzo Bearzot, em 1982, Marcello Lippi, em 2006 e Vittorio Pozzo, em 1934 e 1938, único técnico bicampeão mundial.
A Argentina foi campeã duas vezes: em 1978, com Cesar Luis Menotti e em 1986, com Carlos Bilardo. No Uruguai, os treinadores eram Alberto Suppici, em 1930 e Juan Lopez, em 1950. Já na França, Aimé Jacquet levou em 1998, enquanto Didier Deschamps, capitão do time na primeira conquista, conduziu a equipe ao bicampeonato em 2018.
Entre seleções campeãs apenas uma vez, a Espanha em 2010 era comandada por Vicente Del Bosque e a Inglaterra tinha Alfred Ramsey em 1966.
Em 2022, a tendência é que o domínio de treinadores locais se mantenha, já que das grandes favoritas ao título, apenas a Bélgica tem um treinador estrangeiro: o espanhol Roberto Martínez.
Fonte: R7.com