O empresário sergipano Anderson dos Santos, proprietário da loja de celulares e eletrônicos Intercell, está processando o Banco Inter por uso indevido do nome ‘Inter Cel’, ramificação do banco digital voltada para a oferta de serviço de internet móvel para todo país. De acordo com Anderson, a instituição financeira está fazendo uso sem autorização do nome que está sob o seu registro.

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Empresa sergipana cobra na justiça uso indevido da marca de um banco digital

“O nome da minha loja está registrado no INPI (Instituto Nacional de Produção Industrial). Inclusive eles (Banco Inter) tentaram reivindicar o nome, mas perderam o processo dentro do INPI. Mas permanecem fazendo o uso indevido da marca”, detalha Anderson.

O empresário sergipano decidiu então prestar um Boletim de Ocorrência, gerando um inquérito criminal contra o Banco, e também ajuizou uma ação cível para reparação de danos. “Eles estão usando de forma indevida o nome, sem autorização, ainda mais depois de perderem no INPI. O fato da fonética ser a mesma já inviabiliza eles poderem usar o Intercel”, explica o advogado de Anderson, Wesley Aquino.

Empresa sergipana cobra na justiça uso indevido da marca de um banco digital

Em um primeiro contato, representantes do banco teriam pedido um prazo a Anderson para negociar a compra do nome e do registro no INPI, porém não houve proposta oficial. De forma paralela, o Banco Inter entrou com uma ação para tentar ganhar o direito de usar o registro da Inter Cel, alegando que desde 1994 fazem uso do nome. O advogado Wesley Aquino, no entanto, discorda da tese apresentada pelo banco.

“Diversas decisões no Supremo Tribunal de Justiça entendem que o nome é de quem registra primeiro. É como vender uma mesma casa para dez pessoas, mas a que registrar primeiro, será definitivamente a dona”, explica o advogado.

Embora o processo esteja em fase inicial, o empresário sergipano tem predisposição para negociar a venda do registro, mas será preciso um contato formal do banco para que as negociações sejam feitas. “Minha empresa tem 22 anos de trajetória no mercado, com o registro legal do nome, enquanto eles estão fazendo uso indevido do nome, com um faturamento gigantesco”, pondera Anderson

O Banco Inter informou por meio de nota, que não comenta ações judiciais em andamento.

Fonte: FanF1