Um estudo realizado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), divulgado nesta segunda-feira (15), revelou que o estado está vivendo a segunda onda da Covid-19. Sergipe registrou mais 536 casos da Covid-19 e sete mortes nas últimas 24h.

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“Estamos passando por uma segunda onda neste momento. Essa segunda onda se iniciou por volta do dia 20 de novembro, que coincidiu com o fim das eleições, e se intensificou em dezembro e janeiro. E agora nós estamos saindo do pico desta segunda onda, que ocorreu em janeiro. Estamos descendo essa segunda onda agora em fevereiro”, disse o professor da UFS, Fabio Rodrigues.

Ainda de acordo com ele, o pico da taxa de transmissão da segunda onda foi próxima de dois. “Por esse motivo, o número de casos e óbitos cresceu bastante no final de dezembro, janeiro e em fevereiro a taxa está reduzindo, mas ela ainda está em torno de um, o que não é sinal de controle ou sequer estabelecimento da doença”, explicou.

Ele alertou ainda para o aumento no número de mortes provocadas pela doença. “O número de óbitos cresceu em janeiro, com uma média diária de 9,5 por dia, a maior desde o mês de agosto. O que mostra que apesar do nosso estado ter uma letalidade baixa, em comparação a outros estados, precisamos olhar para a nossa realidade interna. O número de óbitos aumentou bastante no último mês de dezembro e no final de novembro. Agora essa taxa está reduzindo para em torno de sete por dia, mas ainda é a maior taxa desde agosto e janeiro. Para o dia 28 de fevereiro projetamos um total de infectados de se aproximando do 150 mil e de óbitos de 2.936”.

O professor falou também sobre como foi feita a projeção para que a doença se estabilize no estado “A previsão que nós fazemos é desconsiderando a vacinação. Quando você desconsidera a vacinação você está considerando a imunização de rebanho . Considerando esse aspecto, por um controle natural, nossa projeção é que isso só aconteceria ao final do mês de julho deste ano. Mas isso não leva em conta festividades e comportamentos que possam provocar aglomerações, a exemplo do carnaval”.

O especialista disse também que a vacina é fundamental para acelerar o processo de controle da doença. “Com a vacinação nós teremos o controle da doença nos próximos meses. Sem a vacinação nós não alcançaremos a imunização de rebanho esse ano, porque nunca sabemos as surpresas que aparecem. Sempre há uma nova festividade, um novo motivo para aglomerar e para a taxa de transmissão subir novamente. Não devemos contar com a imunização de rebanho para o nosso estado, devemos contar com a vacinação plena, efetiva e ampla para de fato frear a doença em nosso estado”, finalizou.

Por G1