China testou um equipamento capaz de criar temperaturas cinco vezes mais elevadas que a do Sol. A máquina, batizada de Tokamak Supercondutor Avançado Experimental (East, na sigla em inglês), tem como objetivo criar energia limpa simulando as reações naturais de uma estrela.

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China cria 'Sol artificial' cinco vezes mais quente que o real
Equipamento chinês é cinco vezes mais quente que o Sol
NASA/SDO/AIA

O “Sol artificial” alcançou temperaturas próximas aos 70.000ºC, informou a agência chinesa Xinhua News, de acordo com o veículo britânico Independent.

“A operação recente estabelece uma base científica e experimental sólida para o funcionamento de um reator de fusão”, explica Gong Xianzu, pesquisador do Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências e líder do experimento.

China cria 'Sol artificial' cinco vezes mais quente que o real
East deve estar em pleno funcionamento até junho
REPRODUÇÃO YOUTUBE/CRUX

Até o momento, o projeto de fusão nuclear custou à China mais de R$ 5,3 trilhões. O teste definitivo deve ocorrer até junho, e é visto por cientistas como um grande passo em direção à energia limpa.

Os reatores de fusão nuclear não usam combustíveis fósseis e não criam resíduos tóxicos. Ainda segundo o Independent, físicos não acreditam em grande risco de acidente que envolva esse tipo de tecnologia.

Agora, os cientistas chineses deverão ajudar na construção de outra planta de fusão nuclear, que está sendo construída em Marselha, na França. O Reator Termonuclear Experimental Internacional (Iter, na sigla em inglês) será o maior reator do mundo quando finalizado.

Lucas Ferreira, do R7